sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Reforços à lupa: Futebol Clube do Porto




Este foi um Verão completamente atípico no Dragão. Pinto da Costa deixou sair dois dos principais pilares do FC Porto campeão: André Villas-Boas e Falcão. Se em relação ao primeiro a solução veio de dentro e parecia já estar estudada, quanto à saída do goleador colombiano a opção Kléber está a revelar-se infrutífera.

 

Vítor Pereira, ex-adjunto de AVB, assumiu a liderança do FC Porto com total apoio do
presidente e com uma cláusula de rescisão de 18 milhões. A base da equipa parecia estar segura e a confiança na máxima força. Mas uma pré-época a meio gás, com muitos jogadores ao serviço das selecções resultou num início de temporada com pouco fulgor. Uma vitória suada na Supertaça de Portugal seguida de nova vitória pela margem mínima e exibição apagada, ambas frente ao Vitória de Guimarães. 

Os reforços:

Bracalli afirmou-se no Nacional e durante várias épocas foi dos melhores guarda-redes da Primeira Liga. Conhecido por grandes exibições, também já deu os seus “frangos”. Tem 30 anos e vai ficar na sombra de Hélton, veremos como se comporta quando for chamado à titularidade.
Alex Sandro chegou para a esquerda, onde Álvaro Pereira tem lugar cativo. É um jovem com uma grande margem de progressão mas que ainda não está ao nível competitivo desejado para um clube como o Porto. Arrisca muito ofensivamente, precisa amadurecer.
Para central chegou Mangala, francês de 20 anos forte fisicamente. Vem de uma boa época e pode chegar a titular no Porto muito rapidamente. Já tem alguma rodagem em campeonatos seniores. Primeiro passo é roubar o posto de 3º central a Maicon, não é tarefa árdua.
Danilo só virá em Janeiro. Campeão mundial sub-20, tal como Alex Sandro, este ala-direito faz todo o corredor e ainda pode jogar como trinco, mas sem o mesmo fulgor. Mais um promissor jogador descoberto pelos olheiros do Benfica que vai brilhar no Dragão.
Defour é um médio trabalhador que joga para o colectivo. Sabe ter a bola nos pés e joga de cabeça levantada. Uma aquisição interessante para o meio-campo portista.
Da Argentina veio o mini-Messi. Extremo de 18 anos, Iturbe é um jogador franzino de 1.70m que tem na velocidade e na técnica as suas principais armas. Embalado, rompe no meio de toda a gente e vai fintando que nem uma flecha apontada à baliza. Traz como cartão de visita o rótulo de próximo astro alviceleste.
Considero Djalma a aquisição mais fraca do Porto. O extremo angolano vinha a assumir-se no Marítimo mas não tem atributos para vingar num grande. O papel de destaque no clube madeirense não encaixa nos dragões.
Kléber chegou, finalmente, ao Dragão. Perdeu uma época de crescimento e de adaptação. Vem muito verde, muito nervoso, substituir Falcão é uma pressão elevada. Pode ser um jogador importante a nível colectivo pois segura bem a bola e joga de costas para a baliza, gosta de aparecer na zona de finalização mas tem de se entender melhor com os colegas se quiser triunfar de azul e branco.

Vítor Pereira perdeu o seu artilheiro-mor e Kléber ainda está verde para a responsabilidade. Walter teve uma primeira época muito apagada e parece não ser opção para o novo treinador. Costuma dizer-se “quem não tem cão caça com gato”, e sem Falcão há Hulk, que até foi o melhor marcador do campeonato o ano passado. Deixando as alas para James, que já agarrou o seu lugar, Cristian Rodríguez, que parece estar a reabilitar-se, Varela, que realizou uma época de grande nível mas veio de férias apagado, ou as novidades Djalma e Iturbe. Ao manter Fernando e Álvaro Pereira, que manifestaram o desejo de sair, a estabilidade no balneário poderá vir a desmoronar-se. Contudo, se isso não acontecer, teremos os azuis e brancos numa luta a dois, com o Benfica, pelo campeonato.

Melhor reforço: Defour

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