terça-feira, 20 de setembro de 2011

Liga Zon Sagres: 5 jornadas volvidas


5 jornadas depois, 40 jogos realizados, 103 golos marcados e os dois candidatos do costume. A próxima jornada dita o primeiro clássico da época. O Estádio do Dragão é palco do FC Porto - Benfica, já na próxima sexta-feira, empatados na liderança com 13 pontos, 4 vitórias e 1 empate. Sem decidir o vencedor desta edição da Liga, é sempre um jogo com especial atenção e muita polémica à mistura.

Como o nosso campeonato português é de tamanho nível que foi reduzido a 16 equipas, já ultrapassamos 1/6 das jornadas. Vamos então olhar para a tabela e ver como as equipas portuguesas se encontram nesta fase da temporada.

Pela positiva destacam-se a Académica de Pedro Emanuel. Uma boa pré-época e 3 vitórias em 5 jogos. É uma Académica diferente do ano passado, mais lutadora, mais consistente. Uma defesa sólida com jogadores rápidos nas alas e um sistema táctico bem trabalhado. Porém, a pesada e exagerada derrota na Luz deixaram o aviso: é preciso assimilar algumas soluções quando a equipa está sob pressão. Também o Marítimo, com 10 pontos e uma grande vitória em Alvalade, se afirma como uma agradável surpresa. Os madeirenses já nos habituaram à sua presença na Primeira Liga, no meio da tabela, oscilando entre os últimos lugares de manutenção e a luta pela Europa. Têm um treinador jovem, Pedro Martins, que apalpou terreno na última época e pode agora mostrar o seu valor. Ninguém diria que esta equipa perdeu as suas principais figuras, Kléber e Djalma para FC Porto. Juntamente com Vitória de Guimarães e Paços de Ferreira, que somam apenas 4 pontos, teremos aqui o lote de equipas a lutar pela Europa.

O Vitória de Setúbal, que surge na sétima posição com 7 pontos, parece mostrar alguma coesão. Contudo, se tivermos em conta que há 3 épocas também somava 7 pontos à 5ª jornada e terminou o campeonato com a corda ao pescoço, é arriscado dizer que é desta que os sadinos estão de volta. Gostei de algumas exibições mas ainda há muito campeonato pela frente.
Também pela positiva está a destacar-se o Feirense, recém-promovido. Com 6 pontos, é uma equipa com um futebol típico de segunda liga. Defende muito bem, fecha bem os espaços e aposta forte no contra-ataque com jogadores velozes e com qualidade técnica no ataque. O Feirense vendeu cara a derrota na Luz e travou o campeão nacional na sua casa emprestada. Em ambos os jogos surpreendeu pela organização e pela qualidade individual de alguns jogadores. Agradável surpresa.

Na zona intermédia Olhanense, Gil Vicente, Beira-Mar e Nacional destacam-se pela irregularidade exibicional neste início de época. Dificilmente andarão longe dos lugares de descida e não me admiraria se alguns deles descesse.

No fundo da tabela temos Rio Ave, 1 ponto, e União de Leiria, 3 pontos. Ambas somam 4 derrotas. Um início aos trambolhões do Rio Ave, que curiosamente manteve a estrutura da época passada e até arrancou com um empate frente ao Sporting de Braga. Na última jornada, frente ao Sporting, entraram em campo a dormir e aos 3 minutos perdiam por 0-2, conseguiram aguentar até intervalo e na segunda parte empataram o jogo. Contudo, o jogo só termina quando o árbitro apita e o Rio Ave voltou a adormecer após o 2-2. Mais uma derrota e muitas fragilidades demonstradas. Carlos Brito é um treinador experiente e ainda não deitou a toalha ao chão. Já a U. Leiria está num patamar diferente. Apesar de ter marcado em todos os jogos, até FC Porto, Sporting ou Sp. Braga já ficaram em branco, existem três factores que colocam a U. Leiria na zona de despromoção. Muita juventude, muitas alterações no plantel e uma inconsistência defensiva notória, que resultam na defesa mais batida da prova com 12 golos sofridos.

Se tivesse de eleger um onze com jogadores destas 12 equipas, seria assim:
GR - Peiser (Académica)
DD - Cédric (Académica); DC - Henrique (Feirense); DC - Cláudio (Gil Vicente); DE - Rúben Ferreira (Marítimo)
MC - Bruno Amaro (Vitória de Setúbal); MC - Danilo Dias (Marítimo); ME - Diogo Cunha (Feirense); MD - Wilson Eduardo (Olhanense)
A - Baba (Marítimo); A - Éder (Académica)

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