Considerando hoje o final da época futebolística de 2011 (que me desculpem Nacional e todos os clubes da Liga Orangina mas o futebol português resume-se a três grandes + 1), amanhã damos o pontapé de saída no jogo... dos meios de comunicação desportivos.
Desde final de Novembro que vão surgindo nomes de possíveis entradas e saídas dos principais clubes das várias ligas europeias. Muitos negócios já foram atirados ao ar, muitos poucos se concretizaram até agora, mas a senda pela notícia perfeita continua incessantemente. Esta semana, que chega amanhã ao fim, foi das mais animadas nesse aspecto. Nas últimas 48 horas David Beckham assinou pelo Paris Saint Germain, Éder assinou pelo FC Porto e Djaniny assinou pelo SL Benfica, resta saber se serão oficializadas ou se os jogadores em questão rumam para outras paragens antes de os clubes se aperceberem que tinham fechado um contrato em condições com um bom profissional.
Mas é disto que eu gosto, "o boato". As alturas do ano em que os jornais desportivos viram tablóides, fazendo de rumores capas de jornais e atirando trocadilhos sobre transferências que parecem tiradas de um filme de comédia ao melhor género de Monty Python. Se perdemos em competições por uns dias, ganhamos em quantidade de conteúdos noticiosos, e alguns bem originais.
Pelas minhas contas, nas últimas semanas o FC Porto perdeu metade do plantel e contratou apenas três jogadores, dos quais um só chega à Invicta no Verão. Tem cuidado Vítor Pereira que já te estão a tentar vender a fruta. Fernando e Guarín já há muito que escolheram o destino do "reveillon", vão viajar até Itália. Cristian Rodríguez está de regresso à América do Sul, para alinhar por três ou quatro equipas, e leva consigo o vizinho Belluschi que parece estar de regresso ao seu país natal depois de uma aventura europeia (e aqui tiro o chapéu aos jornalistas. Toda a gente está habituada a que os sul-americanos regressem a casa já trintões mas a crise não perdoa e aos 26 anos o Cebola já tem saudades da comida da mãe). De saída já foram também Maicon, cujas exibições a lateral direito despertaram a cobiça de grandes colossos, e Fucile, o patinho feio do Porto que passa de bestial a besta, e vice-versa, cerca de cinquenta vezes por época. Sem colocação está o Bigorna. Fez meia dúzia de jogos de bom nível e depois foi expulso da herdade, esperando agora por uma sexta oportunidade. E não podia deixar de falar de Hulk. Quando um jogador tem uma cláusula de rescisão nos 100 milhões, parece ser obrigatório que o queiram colocar na órbita de clubes de outro planeta, a nível financeiro. Depois de Chelsea e City, chega agora a vez dos novos ricos: PSG. A realizar uma época mediana, nem Jorge Mendes faria melhor negócio que certos jornalistas. De entrada estão mais dois avançados argentinos, Teófilo Gutierrez e Funes Mori, na esperança de se descobrir outro negócio da... Argentina.
Em Lisboa as contas são outras. O Sporting já afirmou publicamente que não está em posição de se meter em aventuras e talvez por isso passe um pouco despercebido. De Itália parecem ter chegado dois jovens, o guarda-redes Nicola Leali e o trinco Salamon, a saldos porque Godinho está solidário com o país e quer convencer todos que o Leão está de tanga. E se Bruno Alves quiser jogar no Sporting tem à sua espera um salário a rondar uma bifana e meia porque Godinho já colocou o tecto salarial nos 1,2 milhões de euros por ano. Na linha de saída continua Rui Patrício, eternamente cobiçado pelos tubarões que insistem em não avançar com propostas concretas, ao qual se juntou "o avançado do Sporting" (como diz "o treinador do Benfica"), novo menino bonito de Alvalade que nem precisou de se esforçar para suscitar interesse do Man Utd. Contudo, parece que ninguém vai sair em Janeiro.
Do outro lado da 2ª Circular o mercado anda mais agitado. O Benfica é, por norma, o clube que mais destaque merece por parte dos media e, como não podia deixar de ser, é o que mais nomes alimenta na reabertura da janela de transferências. Oito de saída e cinco de entrada. Rodrigo Mora e Nélson Oliveira, pouco utilizados, podem estar de saída. O primeiro foi aposta de Luís Filipe Vieira e já sabemos que quem manda na equipa é Jorge Jesus, ou seja, Mora bem pode esperar que não vai jogar. O segundo é visto como futura estrela mas a rápida ascensão de Rodrigo tapou-lhe o caminho. De apontado ao Atlético CP até desejado em Guimarães ou Inglaterra, pretendentes parecem não faltar. Já Capdevilla, aquele rapaz que era titular na Espanha campeã europeia em 2008 e mundial em 2010 mas sem qualidade para jogar no Glorioso, está de saída... desde o momento em que chegou. Os argentinos Aimar e Saviola, enquanto renovam e não renovam, estão também de saída. Dois bons jogadores que despertam interesse em vários clubes, incluindo, curiosamente, JJ que até pretende continuar a contar com os seus serviços. Depois temos Miguel Vítor e David Simão que têm um problema, são portugueses. Dão jeito para inscrever nas competições europeias mas não para jogar. Em sentido inverso vêm charters de defesas esquerdos, porque o campeão europeu e mundial não tem valor e Emerson é melhor (cof cof) mas precisa de um suplente. Clemente Rodriguez já disse que não vinha, Marcos Rojo ouviu falar uma vez do Benfica, e Ansaldi já era o titular desta temporada antes de Emerson e Capdevilla chegarem. Para o meio-campo ofensivo é preciso alguém que aqueça o banco no caso de David Simão sair. Sharbini e Patito Rodriguez piscam lugar ao red pass do 26 das Águias. E depois temos Djaniny que pode estar certo para o Verão.
Venho de lá esse 2012 que estou em pulgas para saber quais serão os novos heróis da segunda volta.
Nota: Texto de cariz pouco credível e que promete ter continuação durante as próximas semanas (tal como os negócios milionários dos jornalistas desportivos).
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