quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Portugal 5-0 Luxemburgo

O Estádio do Algarve vestiu-se de verde e vermelho para apoiar os pupilos de Paulo Bento em mais um amigável. Os bilhetes não custavam nenhum fortuna e isso permitiu uma bela moldura humana. Por diversas razões, foi uma boa escolha que não prejudicou os relvados da Primeira Liga e deu um pouquinho de vida a um dos estádios menos aproveitados do Euro 2004.
Quanto aos 17 jogadores lusos que vestiram a camisola das "quinas", aqui fica uma breve opinião do Director d'O Golo:
Rui Patrício - Tranquilo. Teve pouco trabalho, o que é bastante normal. O titular da baliza do Sporting ainda aproveitou para fazer uma defesa de grande nível e mais dois ou três apontamentos interessantes. O adversário não assustou e o jovem guardião aproveitou para dizer "presente" ao voto de confiança do seleccionador.
João Pereira - Não é o melhor defesa direito que já vestiu a camisola da selecção mas cumpriu. Raçudo, sempre de olhos na bola. Está mais inteligente a calcular o tempo de entrada à bola, veloz e atrevido a atacar. Gostei.
Pepe - Teve um jogo discreto. Fez o suficiente para impedir que os luxemburgueses fossem perigosos na primeira parte.
Bruno Alves - Pouco se viu a saltar na área adversária para causar perigo. Num jogo sem grandes exigências viu um cartão amarelo por uma entrada duríssima.
Fábio Coentrão - Actuou como defesa esquerdo mas procurou a zona central muitas vezes, mais que o habitual. Bastante entrega e a raça do costume, aqueles atributos que conquistaram os portugueses. Está um jogador mais completo, continua aventureiro e muito ofensivo. Foi frequente vê-lo no meio-campo (influências de Mourinho?) e chegou ao ponto de aparecer na área a finalizar, de cabeça!, uma jogada iniciada por ele. Começam a faltar adjectivos para classificar o caxineiro mais famoso de Portugal.
André Santos - Bom jogo do trinco sportinguista. Fez o que lhe foi pedido e esteve bem. Em risco de perder um lugar no onze verde e branco, cumpriu no onze nacional. Veremos se o jogo de ontem chega para a titularidade frente ao Olhanense.
João Moutinho - Apetece dizer que não sabe jogar mal. Nota-se que ainda está em ritmo de pré-época mas é o mesmo Moutinho que já conhecemos. Outra época de grande nível se avizinha.
Rúben Micael - O madeirense foi titular no Domingo ao lado de Moutinho e ontem repetiu a dupla. Gosto mais de vê-lo na selecção que no FC Porto, parece mais confiante e mais seguro. Esteve a bom nível e podia ter marcado.
Danny - Escorregou muito. Passou metade da primeira parte no chão mas, quando se levantava, aparecia em todo o lado. À esquerda, à direita, na zona de finalização, boas movimentações do jogador do Zenit. Faltou aderência ao relvado e pontaria no remate. É um jogador endiabrado que gosta de ter a bola nos pés.
Cristiano Ronaldo - Não foi de tomahawk mas quase. Mais um golo para CR7 e vão 8 na pré-época. Continua a não ser o mesmo jogador que vemos nos clubes por onde passa.
Hélder Postiga - Um golo de belo efeito e algumas movimentações muito boas.
Ricardo Carvalho - O patrão da defesa nacional esteve ao seu nível. A sua entrada permitiu a João Pereira um maior fulgor ofensivo, contudo, esteve bem nas dobras e nas recuperações.
Raúl Meireles - Esteve lesionado há pouco tempo e precisa de ganhar ritmo. Discreto demais.
Nani - Sempre que tocava na bola levantava as bancadas. Os adeptos vibram com os seus jogos no Man Utd e sabem que está ali um grande jogador. Sempre perigoso a assistir os seus colegas.
Hugo Almeida - Voltou aos golos pela selecção, muito forte fisicamente, rematador. Um golo fantástico a matar no peito e rematar para fora do alcance do guarda-redes luxemburguês, não se vê muitos golos assim. No seu segundo golo só teve de encostar. Estaria com medo de perder o lugar para Nuno Gomes (na selecção) ou a tentar ganhar o seu lugar (no Benfica)?
Varela - Entrou para o lugar de Danny, tentou trocar de ala com Nani para confundir os adversários mas só se confundiu a si. Não é o Varela da época passada.
Sílvio - Veio de lesão e está a precisar de ritmo de jogo. Teve uma entrada dura mal entrou em campo e tentou assistir para o 6-0, mas estava em fora-de-jogo. É um jogador que raramente falha um passe e é inteligente a jogar. Importante em campo ou no banco.
Paulo Bento - Tentou mexer na equipa para explorar outras opções. Manteve-se fiel ao 4-3-3 com apenas um ponta-de-lança quando poderia ter arriscado colocar dois avançados para marcar mais golos. Muito táctico como sempre, os golos iriam surgir, o mais importante era criar rotinas de jogo na táctica habitual. Poderia ter poupado Coentrão, que tem Supertaça, ou possibilitado o regresso de Nuno Gomes.

5-0 sabe a pouco mas os apontamentos são positivos. Bons entendimentos, boas movimentações. Os golos vão surgir na altura certa.

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