sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Ouro para Évora

foto: Record.xl.pt

Parece ser o regresso do recordista nacional de triplo salto. Após uma prolongada ausência com várias recaídas pelo meio, Nélson Évora conquista a medalha de ouro nas Universíadas disputadas na China e alcança a 15ª melhor marca do ano.
O campeão olímpico em título avisou que só ia participar nas Universíadas para se divertir e para regressar aos poucos à competição. É caso para perguntar: Com os Campeonatos do Mundo à porta, se isto foi um "na brincadeira", como será quando for a sério?
Nélson Évora é o maior nome do atletismo português da actualidade e não parece acusar o peso da responsabilidade. Está ainda longe da sua máxima forma, aquela que lhe valeu uma medalha de ouro no Mundial de Osaka 2007 e uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008. Mesmo assim, estes 17,31m nas Universíadas servem de aperitivo para os Mundiais de Daegu que se avizinham.
Há muitos anos que acompanho o Nélson Évora, antes de ser conhecido de todos, antes de ser campeão olímpico e mundial. Continua a ser o mesmo Nélson tímido e humilde que eu vi a saltar no Seixal em 2005.
E aqui apetece deixar uma crítica ao nosso país. Aquele país que só vê futebol à frente, que não dá atenção aos portugueses, que só se lembra das pessoas quando ganham alguma coisa, que tem uma facilidade tremenda em esquecer as glórias do passado em prol dos fracassos do presente. O próprio Évora dedicou a prova em que conseguiu os mínimos para o Mundial de Daegu, no fim de Julho, aos que já o "queriam enterrar". São esses que lhe dão força para continuar a trabalhar, a ele e a muitos campeões mundiais espalhados por Portugal em "desportos menores". Venha de lá esse Mundial que eu vou estar sintonizado no televisor com o cachecol em cima do móvel e os olhos postos no Évora. Voltaremos a ter Ouro? Não custa tentar!

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