sábado, 21 de janeiro de 2012

Frederico Gil, outra vez para a história

Já por diversas vezes falei sobre Frederico Gil e acho que nunca disse a mesma coisa. Eu e o Gil, sem nos conhecermos, temos uma relação amor-ódio. Sempre que o encontro pelos courts (entenda-se, pela televisão), fico preso ao jogo com o mesmo pensamento: vais jogar muito bem ou vais jogar muito mal? E daí a nossa relação agridoce. Raramente vi Frederico Gil fazer um jogo mais ou menos, fez na primeira ronda deste Australian Open uma exibição menos conseguida perante Dodig mas mesmo assim foi um jogo positivo, pelo que, cada jogo é uma tormenta para mim, com um resultado imprevisível.


Por falar em Australian Open, confesso que não vi os jogos na íntegra (mas vi resumos e comentários!), é com alegria que vejo os resultados do tenista luso. Longe do seu melhor lugar no ranking ATP (é n. 102 mas já foi n. 62), tornou-se no primeiro tenista português a ultrapassar a segunda ronda num Open. É um feito pequeno para muitas nações mas para os portugueses é um motivo de orgulho (e afirmo quantas vezes for preciso, são momentos destes que ajudam o desporto português a crescer, passo a passo rumo ao topo). E como comecei por falar que eu e o Gil temos aquele amor-ódio, adorei o jogo contra o Granollers (n. 26 do ranking e tenista com um currículo seguro no top 30) e odiei o jogo contra Tsonga (n. 6 do ranking com uma qualidade espectacular). Tudo bem que o francês é um jogador muito forte tecnicamente, inteligente, forte e rápido. Tudo bem que Tsonga já foi finalista vencido no Australian Open em 2008. Tudo bem que Tsonga teve uma época 2011 muito boa com presença nas meias-finais do Wimbledon. Mas mesmo assim, custa ver um dos nossos cair com tamanha clareza. Fica sempre aquele sentimento que podia ter feito mais.

Claro que isto é o coração "tuga" a falar mais alto. Gil não jogou mal porque quis (apesar de o próprio ter admitido que podia ter sido mais forte), Tsonga é que o obrigou a jogar mal e quando assim é, temos que elogiar a vitória dos outros, levantar a cabeça e seguir em frente. Fica, contudo, a esperança numa boa época para o tenista sintrense, de volta à sua melhor forma e aos lugares onde os portugueses gostam de o ver!

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