sexta-feira, 5 de outubro de 2012

1. RENATO




Nome: RENATO José Ferreira Veríssimo
Idade: 22 anos (26/03/1990)
Naturalidade: Aljezur, Portugal
Posição: Guarda-Redes
Altura: 1,80m
Peso: 78kg
Clubes: JC Aljezurense, Portimonense SC, GD Renascente, JC Aljezurense

sábado, 21 de janeiro de 2012

Frederico Gil, outra vez para a história

Já por diversas vezes falei sobre Frederico Gil e acho que nunca disse a mesma coisa. Eu e o Gil, sem nos conhecermos, temos uma relação amor-ódio. Sempre que o encontro pelos courts (entenda-se, pela televisão), fico preso ao jogo com o mesmo pensamento: vais jogar muito bem ou vais jogar muito mal? E daí a nossa relação agridoce. Raramente vi Frederico Gil fazer um jogo mais ou menos, fez na primeira ronda deste Australian Open uma exibição menos conseguida perante Dodig mas mesmo assim foi um jogo positivo, pelo que, cada jogo é uma tormenta para mim, com um resultado imprevisível.


Por falar em Australian Open, confesso que não vi os jogos na íntegra (mas vi resumos e comentários!), é com alegria que vejo os resultados do tenista luso. Longe do seu melhor lugar no ranking ATP (é n. 102 mas já foi n. 62), tornou-se no primeiro tenista português a ultrapassar a segunda ronda num Open. É um feito pequeno para muitas nações mas para os portugueses é um motivo de orgulho (e afirmo quantas vezes for preciso, são momentos destes que ajudam o desporto português a crescer, passo a passo rumo ao topo). E como comecei por falar que eu e o Gil temos aquele amor-ódio, adorei o jogo contra o Granollers (n. 26 do ranking e tenista com um currículo seguro no top 30) e odiei o jogo contra Tsonga (n. 6 do ranking com uma qualidade espectacular). Tudo bem que o francês é um jogador muito forte tecnicamente, inteligente, forte e rápido. Tudo bem que Tsonga já foi finalista vencido no Australian Open em 2008. Tudo bem que Tsonga teve uma época 2011 muito boa com presença nas meias-finais do Wimbledon. Mas mesmo assim, custa ver um dos nossos cair com tamanha clareza. Fica sempre aquele sentimento que podia ter feito mais.

Claro que isto é o coração "tuga" a falar mais alto. Gil não jogou mal porque quis (apesar de o próprio ter admitido que podia ter sido mais forte), Tsonga é que o obrigou a jogar mal e quando assim é, temos que elogiar a vitória dos outros, levantar a cabeça e seguir em frente. Fica, contudo, a esperança numa boa época para o tenista sintrense, de volta à sua melhor forma e aos lugares onde os portugueses gostam de o ver!

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Tenho que me render aos factos e dizer: Parabéns Messi

O craque argentino foi eleito, pela terceira vez consecutiva, o melhor jogador do mundo pela FIFA, que, como sabem, é o órgão máximo do desporto rei. É aquele órgão que elege o melhor jogador de futebol do mundo desde 1990, o primeiro vencedor foi o alemão Lothar Matthäus. Prémio justo e... previsível. No entanto, como é impossível agradar a gregos e troianos, sou contra.

E sou contra por duas razões, e nenhuma interfere na justa vitória do Pulga. A mais evidente é o facto de Messi vencer pela terceira vez consecutiva quando não a mereceu no ano passado. É o segundo futebolista a vencer o troféu três vezes seguidas e apenas outros dois o igualam em número de distinções (Platini e Van Basten). Tudo leva a crer que Messi ainda vai a tempo de fazer história ao conquistar o quarto (ou mais) troféu. E a segunda é o facto de estas distinções se apoiarem nas conquistas dos seus clubes/selecções. O que eu quero dizer é que o único defesa que foi considerado melhor do mundo este milénio, Cannavaro em 2006, só o foi por duas razões: a Itália venceu o Mundial e nenhum jogador se destacou, Cannavaro era o capitão e um elemento preponderante na campanha italiana; e foi um prémio "carreira". De resto, ou marcam muitos golos e fazem fintas bonitas, ou têm que se contentar com um lugar no pódio. Em 2010, quando Messi venceu à frente de Xavi, Iniesta e Sneijder, ficaria, na minha opinião em quarto lugar. Quem ganhava? Qualquer um dos outros três. Xavi merece sempre! É o médio mais completo que o futebol já conheceu, com uma fantástica visão de jogo, excelente qualidade de passe, um estratega, sabe analisar o jogo como ninguém, joga de cabeça levantada e é o principal motor do Barcelona e da Espanha (em 2010 ergueu a taça do Mundial da África do Sul). O seu colega partilhou consigo os grandes momentos e esteve particularmente inspirado durante toda a época. Já o holandês, fez com Mourinho uma época perfeita onde venceu tudo e mostrou ao mundo a sua classe. Pela selecção, foi o timoneiro ao leme da nau holandesa que só batucou na final. O que fez Messi nesse ano, em relação aos restantes nomeados? Marcou mais golos, é certo, fez mais fintas, no entanto, na prática...

Nós, portugueses orgulhosos, teremos que nos contentar com o segundo lugar da FIFA e primeiro lugar pelos leitores da France Football.

Parabéns ao Messi, e que não seja tetracampeão neste campeonato.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Dakar - Motociclistas portugueses em grande forma


Que Hélder Rodrigues é um grande motociclista, já não é segredo, aliás, basta recuar três meses para relembrar a sua vitória no Cross Country Rallies World Championship, mas poucos reconhecem (ou conhecem) o valor de Paulo Gonçalves. O piloto de Esposende, que na última edição do Dakar abandonou após uma queda que resultou numa mão e clavícula partidas, foi terceiro na etapa de hoje e saltou para o quarto posto na classificação geral. É bom saber que o motociclismo português, com poucos recursos, continua a dar nas vistas lá fora.


E arrisco-me a dizer, ao fim da primeira semana (e já poderia ter dito antes) que Marc Coma e Cyril Despres estão num patamar superior aos restantes participantes deste Dakar 2012. O piloto espanhol e o piloto francês irão decidir a vitória entre si, a menos que uma queda ou um desvio mal calculado os atrasem na corrida. Contudo, fico feliz e orgulhoso se Hélder Rodrigues e Paulo Gonçalves lutarem por um lugar no pódio, e se ficarem os dois no top 5 ainda mais feliz fico. 


E, não podia falar de Dakar sem referir a prestação de Carlos Sousa, que insiste em marcar presença no top 10 da mais importante prova de rally do Mundo. É certo que hoje desceu uma posição, de sétimo para oitavo, porém, é sempre um prazer ver Carlos Sousa a disputar esta prova. Aos 42 anos continua a manter viva a mesma raça e ambição que o levaram a participar no Dakar pela primeira vez. E o objectivo continua a ser o mesmo: vencer uma etapa ou, quem sabe, a classificação geral.


Somos um país pequeno onde só existe futebol. Para os outros desportos não há atenção da comunicação social, não há apoios financeiros, não há projectos sérios de formação juvenil, não há infra-estruturas nem profissionais que possam valorizar os atletas/desportistas ou as modalidades. É pena, porque vejo outros países festejarem títulos de tantas modalidades com uma beleza incrível e nós, pequenos de cérebro, só sabemos dar a valor a quem dá pontapés na bola.